Na caminhada sinodal não se trata de “simplesmente caminhar juntos”, mas de ser uma caminhada livre e consciente e tornar possível a escuta do Espírito que fala do alto e das mediações - não apenas as instituídas, mas de sua presença em cada “outro” que também é habitado por esse Espírito -, o diálogo (pensar, falar juntos) entre aqueles que caminham juntos, a fim de discernir a mensagem do Espírito e avançar em direção a uma “comunhão” que é o objetivo último desse processo e dessa caminhada.

O que eu gostaria de chamar a atenção, antes de tudo, é a possibilidade de que esta escuta, diálogo, discernimento e comunhão não sejam verdadeiros, se não forem inclusivos, se não forem capazes de gerar um “nós” cada vez maior, e mais fraterno.

A própria eclesiologia da comunhão a partir da Igreja se entende a partir do Concilio Vaticano II4 , parece alentar a “inclusão” como um dos fatores mais adequados para favorecer a sinodalidade (Christus Dominus, I, 10). A CTI (Comissão Teológica Internacional), também se manifiesta neste sentido (A sinodalidade na vida e missão da Igreja, 118).

Introduzir o dinamismo da “incluso” em nossa “caminhada juntos” como uma igreja sinodal, de acordo com a missão que nos foi confiada enfatiza em «todos» e em uma presença mais orgânica e dinâmica, menos estática e funcional. Desta forma nos faz testemunhas dessa comunhão no Espírito que é o sangue vital sinodal que anima e unifica a comunidade eclesial.